O relatório Facial Injectables Market – Growth, Trends and Forecast, do Research and Marketsrevelou que, nos últimos 15 anos, o número de pessoas que realizaram procedimentos com preenchedores de ácido hialurônico aumentou 312%, já a aplicação de toxina botulínica aumentou 809%. Este mercado ainda deve crescer 28 bilhões de dólares até 2030. Nesta conta entram também os tais bioestimuladores, como Sculptra e Radiesse.
Diante da procura por tratamentos assim, considerados seguros, mas que despertam dúvidas quanto aos efeitos a longo prazo, Glamour ouviu dermatologistas e cirurgiões plásticos para traçar o um panorama de possíveis vantagens e desvantagens dessas aplicações. A seguir. 
O que é bioestimulador de colágeno?
A dermatologista Daniela Ferro, de São Paulo, explica que “os bioestimuladores de colágeno são substâncias injetáveis que estimulam a produção de colágeno na pele, promovendo uma melhora da firmeza e da elasticidade.” Diferentemente do ácido hialurônico, ele não promove volumização na região, o que o torna “imperceptível” em termos de transformação estética.
 
Hoje, as substâncias mais comuns para alcançar tal função são o ácido polilático e a hidroxipatita de cálcio. O responsável por realizá-lo é o dermatologista, sempre em consultório que siga os principais cuidados de assepsia. 
E o que é facelift?
De acordo com o cirurgião plástico Daniel Nunes, do Mato Grosso do Sul, é uma cirurgia de rejuvenescimento facial, que resseca o excesso e reposiciona os tecidos faciais flácidos. “Na cirurgia, descolamos a pele e abordamos a musculatura profunda face e do pescoço, tirando os excessos e reposicionado os tecidos que se deslocaram com o envelhecimento. Leigamente falando, podemos dizer que facelift é o ‘levantamento’ da face”, explica o médico. O procedimento é recomendado para pessoas a partir dos 50 anos ou com flacidez avançada.
Bioestimuladores de colágeno podem interferir na cirurgia plástica facial?
“Existe uma reação inflamatória que pode resultar em fibrose após o uso destes produtos. Temos encontrado frequentemente maior dificuldade na separação da pele durante a cirurgia de face em casos nos quais estes produtos foram injetados. Por vezes, essa fibrose atrapalha a dissecção de algumas áreas durante o procedimento”, introduz o cirurgião plástico Fábio Nahas, de São Paulo.
“Uma parcela significativa dos pacientes submetidos à bioestimulação apresentam a pele mais aderida aos planos profundos, o que acaba dificultando o seu descolamento durante a cirurgia. Essa maior aderência exige um esforço do cirurgião, aumenta o tempo cirúrgico, determina um maior sangramento transoperatório e o consequente maior edema pós-operatório”, completa Daniel Nunes.
Por que isso acontece?
Isso acontece, porque o mecanismo de ação dos bioestimuladores de colágeno, como o Sculptra, fabricado pela Galderma, ou o Radiesse, fabricado pela Merz Aesthetics, é muito semelhante à resposta fisiológica que acontece quando temos um corte na pele, por exemplo.
“Em ambas as situações, o organismo reage estimulando os fibroblastos da pele a produzirem mais colágeno. No caso do corte, esse colágeno é necessário para a cicatrização da ferida e regeneração tecidual. Já nos bioestimuladores, esse aumento na produção de colágeno contribui para o rejuvenescimento da paciente, ao reduzir a flacidez da pele, determinando seu enrijecimento”, explica Daniel Nunes.
Vantagens e desvantagens
A dermatologista Elisete Crocco, coordenadora do departamento de cosmiatria dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), aponta que é natural que o paciente tenha recorrido a alternativas de tratamentos para rejuvenescimento antes de realizar uma cirurgia plástica ou até mesmo para evitá-la.
“O bioestimulador tem como função fazer uma neocolagênese de boa qualidade, isto é, produzir novo colágeno e atuar no espessamento da área onde foi aplicado. Essa é a proposta do procedimento em si”, explica a médica. Ou seja, o achado de uma pele mais aderida é um resultado esperado.
Para ela, é importante, sim, que o paciente comunique o cirurgião para que ele saiba que a pele terá mais tecido, e portanto, a possibilidade de maior dificuldade para realizar o procedimento. Daniel Nunes concorda, dizendo que “o acompanhamento combinado com um médico dermatologista experiente é, certamente, benéfico para as pacientes, pois oferece uma potencialização dos resultados e possibilita o desenvolvimento de estratégias estéticas não-cirúrgicas, que não prejudiquem a realização de faceliftings no futuro.”
Fonte: Glamour
Link: https://glamour.globo.com/beleza/noticia/2024/07/bioestimuladores-de-colageno-cirurgias-plastica-efeitos-do-tratamento-a-longo-prazo.ghtml
Dr. Daniel Nunes, MsC, PhD
Cirurgião Plástico
CRMMS 5176
RQEMS 3045
Escola Ivo Pitanguy 🔝
Professor de Cirurgia Plástica da UFMS
Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional MS 18/19
Membro Titular da SBCP
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