Quelóide

Quando sofremos algum machucado, corte ou ferimento profundo, o nosso organismo cria uma cicatriz normal para reparar o tecido. A formação de colágeno, proteína responsável pela cicatrização, permite criar uma nova camada de pele.

É nesse processo que surge essa cicatriz com aspecto diferente, que nada mais é do que uma produção exagerada de colágeno.

Quando acontece esse excesso há um crescimento maior do tecido, formando uma cicatriz em alto relevo.

Sua aparência inicialmente será rosada e plana, mas com o passar do tempo, essa lesão vai ficar com um tom avermelhado, aspecto endurecido e o seu tamanho vai aumentar muito, até ultrapassar os limites da ferida original.

Ao contrário das cicatrizes, os quelóides não desaparecem ao longo do tempo. Vale ressaltar que eles não são contagiosos e não trazem danos à saúde.

Indicação

  • Pessoas com cicatriz queloideana, ou seja, elevada, violácea, invade tecidos vizinhos, geralmente tem coceira, dor e ardor, não regride, continua crescendo, não melhora com massagem e compressão, independe da técnica cirúrgica, pode recidivar.

Tipo de anestesia

  • Anestesia geral ou anestesia local e sedação.

Tempo de internação

  • Não precisa ficar internado. A duração da cirurgia de correção de cicatriz depende do tamanho da cicatriz. Cicatrizes pequenas, de até quatro centímetros leva aproximadamente 30 minutos, enquanto cicatrizes com entre quatro e 15 centímetros pode demorar até uma hora.

Resultado

  • O resultado final aparece após um ano, mas com dois a três meses já se observa grande melhora. Por muitos meses a cicatriz fica avermelhada e isso é normal. No entanto, é possível esperar uma melhora na aparência da cicatriz, mas nem sempre ocorrerá a remoção completa dela.

Pós-operatório

  • Incisões em regiões próximas aos ossos, como nas regiões mais próximas dos ossos a pressão natural do corpo restringe a produção de colágeno, a incidência de quelóide é minimizada e na maior parte das vezes, nula.
  • Exames pré-operatórios, onde o cirurgião irá constatar se determinada pessoa tem pré-disposição ou não ao quelóide.
  • Indicação de medicamentos efetivos e corretos para evitar a presença de quelóide após a cirurgia plástica.
  • Uso de cremes pós-operatórios, como aqueles que contem corticoide. Eles irão inibir a produção de colágeno na cicatriz, evitando a formação de queloide em pacientes que tenham a tendência de desenvolver a cicatriz.

Dúvidas frequentes

A ciência ainda não descobriu exatamente o que leva uma pessoa a criar quelóide.

O que se sabe é que há maior incidência dessa anomalia em adolescentes, adultos e em mulheres após a gravidez. Também são bem comuns em negros, asiáticos e hispânicos.

Por enquanto, ainda não foi encontrada uma solução definitiva para eliminar o quelóide do organismo.

O que pode ser feito é recorrer a tratamentos que amenizam a aparência da cicatriz. Entretanto, aqueles que são maiores podem se tornar mais difíceis de tratar e são esteticamente desagradáveis.

Para que um queloide se desenvolva, basta que o indivíduo apresente alguma pré-disposição genética e sofra uma lesão na pele, um simples arranhão pode ser o suficiente para a sua formação.

O cirurgião plástico ou o médico dermatologista podem diagnosticar. Porém, antes de passar o tratamento para quelóide, será feita uma análise baseada na localização e na aparência da cicatriz, além de observar como ela se desenvolve ao longo do tempo.