Nessa segunda “edição”, escolhemos um dos temas mais pedidos pelas pacientes: Rejuvenescimento Facial.

Com a palavra, nosso especialista Dr. Daniel Nunes: Nós da DERMATOEPLÁSTICA acreditamos que a informação é o primeiro passo para chegarmos a um tratamento bem sucedido. Um paciente bem esclarecido sobre seu plano terapêutico, especialmente em tratamentos complexos como os que realizamos, pode contribuir decisivamente para a obtenção de resultados ainda melhores.

Quando falamos da Cirurgia do Rejuvenescimento Facial isso é ainda mais verdadeiro e importante. A Cirurgia Plástica Facial é minha grande área de interesse há muitos anos, estando entre os procedimentos que mais tenho prazer em realizar. Basicamente, a estratégia pode ser dividida entre tratamentos cirúrgicos e não-cirúrgicos. O ideal, sem dúvida, é a associação dessas duas abordagens, pois assim a potencialização dos resultados é mais facilmente obtida. As opções cirúrgicas passam por procedimentos menores, como a Blefaroplastia e a Frontoplastia (ambos ambulatoriais); e por procedimentos mais complexos e completos, como a Ritidoplastia (ou Facelifting). Há mais de 15 anos, venho preconizando as Técnicas de Pitanguy para o tratamento do envelhecimento facial. As técnicas do Professor Pitanguy são conhecidas internacionalmente por oferecerem durabilidade com naturalidade, evitando os temidos estigmas das cirurgias plásticas. Com elas, de modo geral, conseguimos resultados mais harmônicos e agradáveis.

Recentemente, as opções não-cirúrgicas vêm ganhando cada vez mais espaço na minha clínica e têm conseguido postergar a indicação de alguns procedimentos cirúrgicos mais invasivos, ou, muitas vezes, minimizá-los. Essa estratégia é sempre extremamente favorável e perseguida por minha equipe, pois seus benefícios são inegáveis. Além do já consagrado Botox (R), os Lasers, os Peelings químicos, o Micro-agulhamento, o Scultra (R) e mais recentemente os preenchimentos com ácido hialurônico, especialmente o MDCodes, transformaram-se nos carros-chefes da DERMATOEPLÁSTICA. E as pacientes têm adorado!!!.

Como disse, acredito fielmente que é a associação destas estratégias que pode nos levar à obtenção de resultados superiores quando falamos de um Rejuvenescimento Facial Customizado.

Antes de começarmos, gostaria de ressaltar que minhas respostas aqui serão sempre gerais, com o intuito claro de esclarecer às dúvidas mais frequentes que recebi das pacientes. Questionamentos específicos, caso a caso, devem ser levados diretamente ao seu Cirurgião Plástico, membro da SBCP! Acesse o site www.cirurgiaplastica.org.br, nele, além de encontrar uma excelente fonte para esclarecimentos, você poderá conferir se seu médico é um Cirurgião Plástico certificado!

Vamos às dúvidas:

1) Com quantos anos devo fazer minha primeira Cirurgia de Rejuvenescimento Facial?

Pergunta difícil, complexa e de resposta, sem dúvida, individualizada. De modo geral – ressaltando que isso pode variar muito de pessoa para pessoa – a partir dos 30 anos a face inicia um processo progressivo de envelhecimento, com descenso estrutural e reposicionamento tecidual desarmônico. A precocidade da abordagem garantirá a indicação de procedimentos menores, menos invasivos, com consequente down-time mais interessante. Procedimentos não-cirúrgicos com os Peelings, os Lasers, o Micro-agulhamento e a Toxina Botulínica, muitas vezes em caráter até preventivo, podem ser indicados a partir dessa idade. Já os
procedimentos cirúrgicos, geralmente indicados mais tardiamente, têm grande variação na época ideal de realização, pois dependem muito das características pessoais, que são reguladas pela genética – fundamentalmente -, mas também pelo estilo de vida, variação ponderal e hábitos. De modo geral, uma blefaroplastia é realizada na 4 a década de vida, quando, muitas vezes, já associo um Facelifting, mesmo que leve. A mensagem correta é que o procedimento precoce, garantirá muitas vezes um resultado menos transformador, mais leve e sutil – o objetivo de grande parte das pacientes. A intenção do paciente é o norte do Cirurgião Plástico e ela guiará a indicação e a melhor opção de procedimento cirúrgico. A simples postergação da cirurgia, sem a realização de procedimentos não-cirúrgicos, pode dificultar ou complicar sua realização no futuro, prejudicando seu resultado. Tudo tem sua hora! Pergunte ao seu Cirurgião Plástico de confiança. Ele lhe explicará os pró e contras de cada tratamento.

2) Qual é a durabilidade de uma cirurgia de face? Terei que fazer outras no futuro?

Pois é… essa é a pergunta mais realizada – sem dúvida. A durabilidade de uma Cirurgia de Rejuvenescimento Facial é incerta. O que sabemos é que, ao fazer a cirurgia, você infelizmente não interromperá seu processo de envelhecimento. Assim, alguns anos após o procedimento, você apresentará novos sinais de flacidez de pele e descenso tecidual. Como já falei, esse processo é natural e esperado, sendo controlado por fatores como alimentação, genética e estilo de vida, dentre muitos outros. Estudos que compararam gêmeos idênticos, um operado e outro não, mostraram que aquele indivíduo não-operado, ao longos dos anos, apresentou-se bem mais envelhecido do que o irmão operado. A literatura médica demonstra que os pacientes operados mantêm-se mais tempo satisfeitos com sua imagem corporal, do que os não-operados. Infelizmente, o Cirurgião Plástico não tem condições de interromper seu envelhecimento, mas pode, no pós-operatório, realizar procedimentos não-cirúrgicos, que propiciam uma maior manutenção do seu resultado. O Professor Pitanguy, sábio como poucos, geralmente indicava uma cirurgia de “Refrescamento do Facelifting” cerca de 7-10 anos após o primeiro procedimento (na média). Concordo plenamente. Apenas ressalto que, com o novos tratamentos não-cirúrgicos, esse prazo pode ser ainda mais estendido nos dias de hoje.

3) Tenho medo de operar ou não tenho muito tempo para ficar afastada do trabalho. Quais as alternativas à cirurgia?

Costumo dizer que a cirurgia de Rejuvenescimento Facial é muito segura e de baixíssimo risco. De modo geral, ela é realizada no Hospital, sob anestesia local e sedação; podendo ser ambulatorial (nas Blefaroplastias e Frontoplastias) ou exigir apenas um dia de internação (nas Ritidoplastias). Mas concordo com você, os procedimentos não-cirúrgicos têm grandes vantagens e por isso vêm atraindo tantas pacientes. Eles são realizados na Clínica, com anestesia local e têm alta imediata. Geralmente são praticamente indolores e seu maior atrativo, além do menor custo, é o tempo de retorno às atividades, significativamente inferior ao das cirurgias. Quando bem indicados, esses procedimentos podem contribuir para que obtenhamos excelentes resultados, mesmo sem cirurgias. Os Lasers que mais utilizo são o CO2 Fracionado. O Microagulhamento oferece excelentes resultados. A Toxina Botulínica (o Botox) minimiza temporariamente as marcas de expressão na fronte e região peri-orbitária, valorizando o terço superior da face. Os preenchimentos com ácido hialurônico têm sido muito utilizados para dar volume a região malar, área do arco zigomático e no sulco naso-geniano. O budget da paciente geralmente guia a associação de procedimentos e o melhor momento para realizá-los.